No último artigo deixámos o jovem dono do Raca a ser atacado pelos cães que um caseiro largara sobre ele e, entretanto, os seus pais e irmão a darem pela sua falta na pensão.
Pois quando o jovem se debatia, surgiu o Raca que seguia o rasto dos donos e foi defende-lo, dando conta dos cães agressores. Mas o caseiro empunhando uma espingarda disparou um tiro sobre Raca ferindo-o.
Pela descrição, o rapaz identificou Raca e não resistiu em saltar sobre o meliante para saber a verdade e o local do acontecido.
Essa pista levou-o ao local onde Raca fora ferido e o chão mostrava ainda vestígios de luta com outros cães e pingos de sangue. Viu um homem que assomara ao portão e perguntou o que tinha acontecido e se vira um jovem… aí o caseiro empunhou a espingarda e intimou-o a seguir caminho.
O rapaz apercebeu-se que o homem estava a ocultar alguma coisa relacionada com o irmão, perdeu a cabeça, foi direito a ele, lançou as mãos ao pescoço para o obrigar a dizer o que sabia sobre Raca e o irmão, apertou, apertou…
Nessa altura Raca com o seu apurado faro localizara a casa onde os donos acabavam de se instalar. Estava magro, sujo, ferido numa pata traseira, mas feliz por encontrar os seus donos.
Recuemos e vamos ver o que aconteceu quando o jovem foi atacado pelos cães, e salvo do pior por Raca que surgira oportunamente, mas acabando por ser alvejado pelo caseiro.
Alertados pelo ruído da luta, os donos da propriedade vieram ao portão e viram a cena desoladora. O caseiro justificou que aquele mendigo havia tentado assaltar a casa e ele se vira obrigado a soltar os cães, mas que uma fera surgira e matara os animais, desaparecendo em seguida. A versão não convenceu os proprietários, e uma menina, filha do casal ficou muito condoída pelo estado do rapazito que perdera os sentidos.
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