Vamos então continuar a mostrar este livro pronto a entrar em máquina, mas que infelizmente se mantém no armário onde aguarda uma oportunidade favorável.
Em princípio a Âncora tinha projetado editar e até criar uma coleção, pois as novelas que foram publicadas em O Mosquito sem ilustrações, ainda foram algumas. Mas nessa altura a crise financeira mundial implantou-se e tudo recuou.
Seguimos então a ordem das ilustrações.
Como observaram, a tentativa do filho mais novo do casal em levar consigo o «Raca» gorou-se, mas o pastor alemão, que ficara preso porque no dia seguinte chegavam os amigos que iriam tomar conta dele, quebrou a corrente e seguiu o rasto dos donos pela linha do comboio que os levara. Padiña descreve o som do ruído macabro da corrente a bater nos rails.
O guarda foge, mas Raca está exausto de correr toda a noite no rasto dos donos.
O jovem acaricia-o reconhecido…
… e leva-o a um ferreiro amigo para lhe tirar a corrente incomodativa que lhe fere o pescoço.
...e começa a percorrer o trajeto do comboio, em sentido contrário, para ir ter com Raca que ele pensa estar ainda preso em casa.
Passa por uma propriedade e pede algo para mitigar a fome e a sede, mas é recebido pelo guarda como um mendigo e solta-lhe os cães que atacam o jovem.
De manhã, ao tomarem o pequeno almoço na pensão, os pais estranham a ausência do filho mais novo; o irmão não o vendo no quarto, pensara que se tivesse levantado mais cedo e estivesse na sala… constatam então que desapareceu. Teria voltado para junto de Raca?
E o seguimento desta história comovente vai ficar para o próximo artigo...
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