segunda-feira, 21 de junho de 2021

NOVIDADES EDITORIAIS (219)

O ÚLTIMO HOMEM... - ​​Edição Gradiva. Autores: argumento de Jérôme Félix e arte de Paul Gastine. Tradução de Jorge Lima.
Os épicos tempos dos corajosos vaqueiros conduzindo o gado está a chegar ao fim, pois o eficaz e rápido comboio irá substitui-los. Neste anunciado estertor, os vaqueiros, que muitas vezes eram também pistoleiros e justiceiros de gatilho fácil, ainda vão resistindo.
É o caso de Russell que, ao fazer uma paragem para visitar a viúva de um amigo, aí descobre que Marta também já havia falecido, restando o pequeno Bennett que não deve muito à inteligência.
Mais adiante, numa pequena paragem em Sundance, no dia seguinte, o jovem órfão é encontrado morto!... A autoridade local afirma, por conveniência própria, que foi um acidente,
desculpa que Russell não aceita, sendo expulso da cidade. Porém, Russell, não se conforma e vai fazer tudo para descobrir quem matou Bennett. Começa então uma implacável aventura e busca pela verdade. E outras mortes acontecem (por assassínio), entre elas a do próprio Russell...
Dez anos mais tarde... bem, isso agora não revelamos. Leiam o álbum!


Mais um... DON QUIJOTE - ​Edição Editorial Doncel, da colecção Trinca. Autores: texto de Miguel de Cervantes ("Don Quijote de la Mancha") e arte do casal Nydia Lozano e Leopoldo Sánchez.
Será uma primeira parte, que não terá tido continuação (?!...), mas o tomo transmite-nos uma das mais belas adaptações à BD feitas da imortal obra de Cervantes.
A parceria e cumplicidade do casal Nydia e Leopoldo, em paralelo, lembra-nos a do saudoso casal belga Liliane e Fred Funcken. Um e outro casal, impecáveis nos seus trabalhos pela Ilustração e pela Banda Desenhada.


DIONYSOS - ​Edição Glénat. Autores principais: argumento de Clotilde Bruneau, grafismo de Gianenrico Bonacorsi, cores de Ruby, capa de Fred Vignaux e um dossiê final por Luc Ferry, coordenador desta série, "La Sagesse des Mythes".
De todas as mitologias a Grega é a mais galvanizante e maravilhosa pelo "universo" de personagens e episódios... Mais: bem astutos, os gregos fizeram os seus deuses à sua imagem e semelhança, enquanto a Bíblia optou precisamente numa ideia inversa, o que deixa o deus judaico-cristão em maus lençóis...
"Dionysos" (Dionísio, em português), que em Roma tomou o nome de Baco, é um deus muito especial pois terá nascido "duas vezes": concebido por Zeus numa humana (a princesa Sémele), falecida esta Zeus instalou o feto numa das suas coxas, onde acabou por ser gerado. O pior foi o constante ódio de Hera (a esposa de Zeus) que não tolera a traição do seu divino marido e que deseja aniquilar Dionísio...
Mas este cresceu, tornou-se belo e irresistivelmente sedutor, viajou muito, agarrando-se também aos valores da terra, donde terá, pelo cultivo da vinha, inventado o vinho. E foi a loucura... pois se o vinho muitas vezes cura, bebido abusivamente entontece.
Este deus especial era implacável para quem fosse contra ele, mas sabia proteger todos os que o admiravam e era seguido por uma boa multidão, para além do seu fiel amigo Sileno, composta por sátiros, centauros, ninfas, ménades, etc. e também pelos agricultores que o elegeram como seu deus protector. 
Organizava e participava em certos rituais específicos, sobretudo as orgias desbragadas, onde os efeitos do vinho exagerado e o sexo total e livre estavam sempre na "ordem do dia".
Hera, inconformada, acabou por ceder e aceitar que Dionísio, um vago e bastardo semi-deus, fosse levado por Zeus ao Olimpo, já promovido a deus como os outros.
LB

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