terça-feira, 27 de novembro de 2018

TALENTOS DA NOSSA EUROPA (30) - FLORENCE MAGNIN (França)


Florence Magnin
Pelo sector franco-belga e em relação a outros países, França deve ser onde se encontra maior percentagem de elementos femininos. Vejam-se uns brevíssimos exemplos soltos: as já  saudosas Annie Goetzinger e Liliane Funcken, Martine Boutin (que foi a segunda esposa do malogrado François Craenhals, de quem era a colorista), Catherine Labey (naturalizada portuguesa e esposa do argumentista Jorge Magalhães), Chantal De Spiegler (viúva de René Sterne, que ante a morte do marido, completou o tomo da série “Blake e Mortimer”, que ele estava a elaborar) e, a encerrar esta breve lista, temos ainda Florence Cestac, Claire Bretécher e Florence Magnin com a sua deslumbrante arte.
Florence Magnin nasceu em Paris a 7 de Março de 1950. Muito cedo, sentiu o irresistível apelo pelo Desenho e pela Pintura.
Fantasias oníricas, aventuras insólitas e a ficção-científica, vibram no seu entusiasmo criativo, que vai de capas, ilustrações soltas, ilustração de jogos de cartas e do tarot, até à Banda Desenhada.
Notável a sua acção (capas e ilustrações) para os tão procurados romances de “Les Princes d’Ambre” de Roger Zelasny, por volta de 1984. E terá sido por aqui, pelo entusiasmo do público, que Florence se foi aproximando e enveredando pela Banda Desenhada.
Já importante nesta Arte, afastou-se por algum tempo, para se dedicar em especial à cenografia teatral. De passagem...
Fez parceria com o argumentista Rodolphe para duas séries espectaculares: “L’Autre Monde” e “Mary La Noire”.
“L’Autre Monde”, regista-se com seis tomos, donde dois na versão Integral.
 


“Mary La Noire”, compõe-se de dois tomos e um Integral, com o mundo terrível de corsários e piratas como pano de fundo.

A sua paixão pelas lendas e o folclore da Irlanda, transportou-a para o conseguido desafio: foi a autora absoluta da bela série “L’Heritage d’Émilie”, que engloba cinco tomos. O fantástico em força!

Em 2014, surgiu o álbum “Mascarade”, o seu último (mas certamente não o derradeiro) trabalho editado. Uma obra invulgar com drama, poesia e ternura.

Como acréscimo final, o registo das séries colectivas onde participou: “La Cuisine de Bertheline” e “Les Faiseurs de Nuées”, ou ilustrações e capas de “Contes Aux Quatre Vents”.
Bravo, Florence Magnin!

LB

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