tag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post1589476470125480609..comments2024-01-24T01:19:11.163+00:00Comments on BDBD - Blogue De Banda Desenhada: ENTREVISTAS (25) - SANTOS COSTAbdbdbloguehttp://www.blogger.com/profile/03805144831707485003noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-87786800222000880972017-10-11T14:49:16.053+01:002017-10-11T14:49:16.053+01:00Caríssimos
Jorge Magalhães
Luiz Beira
Carlos Rico
...Caríssimos<br />Jorge Magalhães<br />Luiz Beira<br />Carlos Rico<br /><br />Regresso a esta caixa de comentários para me mostrar sensibilizado com o vosso interesse na continuidade do meu trabalho (não concluído) de "A Rainha Africana". Este vosso interesse demonstra não só a amizade e o companheirismo de quem coabita neste pélago da BD, como também o sentimento de nostalgia e agrado por uma obra cinematográfica que nos toca por várias razões: os intervenientes; o enredo; e, sobretudo, África.<br />Para não "enfardar" a caixa dos vossos blogs (BDBD e o Gato Alfarrabista) decidi referir o vosso interesse e o de outros amigos, sem nomear, numa postagem que hoje fiz no meu blog.<br />Aí coloquei as minhas dúvidas, as contingências e a demarcação entre o desejado e o permitido, dois ingredientes que nem sempre andam de mãos dadas.<br /><br />Com um grande abraço para os três, autênticos Mosqueteiros da BD<br /><br />Santos CostaSantos Costahttp://bandarra-bandurra.blogspot.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-15188338217979153262017-10-10T06:59:28.657+01:002017-10-10T06:59:28.657+01:00Caríssimo Santos Costa,
Não há dúvida que os &quo...Caríssimo Santos Costa,<br /><br />Não há dúvida que os "famigerados" limites da caixa de comentários não permitem extravasar, por vezes, todos os sentimentos e todas as memórias que nos brotam em catadupa do espírito. Mas também é verdade que podemos facilmente contorná-los. Só o tempo é que não se deixa ultrapassar, nem ludibriar por ninguém. Infelizmente, diria eu, se não receasse ser injusto com uma dimensão que, na verdade,não conhecemos... ou que conhecemos ainda muito mal.<br />Ao Santos Costa quero manifestar também o meu reconhecimento pelos seus calorosos elogios — fruto de uma generosa amizade, talvez por isso excessivos, mas que deixaram a transbordar a taça da modéstia que também cultivo como norma de vida. É verdade, porém, que talvez tenha sido, nesses tempos heróicos, o equivalente a um “garimpeiro” da BD, por ter escavado à procura de pepitas escondidas, que mereciam brilhar à luz do dia. E por as ter partilhado com um numeroso público, como o “Mundo de Aventuras” fizera em tempos idos (ainda na sua primeira fase), ao realizar um concurso para jovens desenhadores, que deu frutos e alguns prémios.<br />Fico, por isso, com o contentamento de ter feito alguma coisa útil numa profissão que me caiu no colo por mero acaso, quando já me preparava para regressar a Angola, se não tivesse acontecido o 25 de Abril. Dediquei-me ao "Mundo de Aventuras" durante 13 anos, sem nunca o meu ânimo ter desfalecido e acreditando até ao último instante que o seu reaparecimento seria possível, mesmo depois de terem passado muitos meses sobre o derradeiro número, publicado em Janeiro de 1987. Afinal, a aventura tinha mesmo chegado ao fim!<br />Permaneceram, felizmente, até hoje, algumas sólidas amizades, como a do Santos Costa, e a certeza do dever cumprido, mesmo em circunstâncias adversas... sobretudo por nunca ter abandonado o “barco” e pelo apoio que tentei dar a muitos profissionais e amadores da BD portuguesa. E digo-lhe com toda a sinceridade, amigo Santos Costa, que essa é a melhor recordação que guardo de toda a "odisseia" iniciada em Maio de 1974, depois de ter resolvido a minha vida profissional, assentando arraiais na APR, embora sem largar definitivamente as amarras com a função pública. <br />Valeu a pena ter aberto "escotilhas" que até aí tinham estado hermeticamente fechadas, dando a primeira oportunidade a jovens cheios de talento, cujos trabalhos já eram, nalguns casos, mais do que tímidas promessas. Muitos ficaram pelo caminho ou escolheram outras opções artísticas... mas a culpa não foi deles, foi de um incipiente mercado de BD que não lhes proporcionou as mesmas aberturas. O seu caso é uma das poucas e relevantes excepções. <br />E por isso digo e repito, amigo Santos Costa, que valeu a pena ter escancarado as páginas do MA aos novos, só porque houve alguns deles que não desistiram e que têm hoje uma obra que legitimamente os orgulha e nos orgulha também a todos que defendemos o primado da BD portuguesa. Três exemplos: o seu, o do Augusto Trigo e o do Luís Louro. Três “pepitas” que vieram desse garimpo e que felizmente ainda hoje brilham com fulgor!<br />Mas houve mais, tanto na rubrica dos “Novos da BD” como no "Mistério Policiário", outra popular rubrica do MA, coordenada pelo "Sete de Espadas". <br />Bem haja, caro amigo, por ser, repito, uma dessas pepitas! E um renovado abraço de muita estima, pessoal e profissional, e de muita saudade pelos momentos bem passados nessa época pioneira em que éramos uma espécie de astronautas, sonhando com um futuro de esperança... que para o MA, afinal, foi mais curto do que julgávamos! <br /> <br /> <br />Catherine Labeyhttps://www.blogger.com/profile/00068078521662777754noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-48374500642250832002017-10-09T17:04:12.471+01:002017-10-09T17:04:12.471+01:00Preocupado com a "pelintrice" de vocábul...Preocupado com a "pelintrice" de vocábulos da caixa de comentários, ficaram de fora as saudações aos ora intervenientes, o que constituía anátema do arrazoado e fora da minha sensibilidade se não voltasse aqui para remediar o lapso. Essa falta, nem o controle de robot's do blog deveria deixar passar...<br /><br />Um grande abraço de Amizade para o Jorge Magalhães<br />Outros grandes abraços de amizade para o Luiz Beira e Carlos Rico<br />Santos Costahttp://bandarra-bandurra.blogspot.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-29157800662611780552017-10-09T16:57:21.269+01:002017-10-09T16:57:21.269+01:00Com a divisão partilhada deste meu comentário, fic...Com a divisão partilhada deste meu comentário, ficou de fora o cumprimento de amizade, o que seria anátema para o arrazoado e contra a minha sensibilidade.<br /><br />Ao Jorge Magalhães um grande abraço de Amizade<br />e ao <br />Luiz Beira e ao Carlos Rico outros tantos abraços de AmizadeSantos Costahttp://bandarra-bandurra.blogspot.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-26328056413780221582017-10-09T16:52:04.614+01:002017-10-09T16:52:04.614+01:00Tive a felicidade de ir trabalhar para Lisboa, aco...Tive a felicidade de ir trabalhar para Lisboa, acomodado e beneficiado por um período em que recebia, para além do vencimento, as ajudas de custo de deslocação, o que me permitiu conhecer pessoalmente o Jorge Magalhães. Então verifiquei que, para além de um grande editor e argumentista, o Jorge é uma pessoa extraordinária de afabilidade e cultura. Nessa altura acamaradávamos em sessões de trabalho e tertúlia na Gina do Parque Mayer, onde eu e o Jorge jantávamos, sempre na companhia de verdadeiros amantes da Banda Desenhada (editores, divulgadores, desenhistas, argumentistas e mais “fauna” artística). Recordo ainda que, no final do convívio, por vezes acompanhava o Jorge até à estação do Rossio, parando ambos nas “estações” antes de chegar à estação do comboio. Essas estações, como bordadura da avenida, eram amostras nómadas, salpicando de cores o chão ao longo do passeio, com venda de livros, quinquilharias e muita banda desenhada; e era sobre esta – revistas e álbuns abandonados pelos seus donos, como cães em canil, (favor recebido, favor esquecido) – que nos identificávamos como verdadeiros amantes da arte. O Jorge conhecia aqueles títulos todos, já possuía a maior parte, ele que possuía e possui sobre a BD um conhecimento largo e inesgotável, geralmente tecia comentários judiciosos e pertinentes sob o que estava exposto. <br />Abertura de parêntesis: era esse tempo em que a principal artéria de Lisboa fervilhava mais e malandrava menos; o silêncio a uma certa hora da noite, direi – e passe a metáfora desbocada de beirão – era de tal forma que se ouviam os traques de um lado ao outro da grande alameda. Pode-se fechar com parêntesis este devaneio.<br />Alonguei-me e não disse tudo. É do meu feitio palavroso, se calha haver interlocutor ou audiência, nanja do género de cão que ladra à lua. E quem paga, é o espaço do comentário, para o Luiz Beira e o Carlos Rico arrepelarem os cabelos, o mais certo ter de se dividir em fracções, pois a “blogspot” não se ajusta a aturar senão poucos milhares de caracteres.<br />Fique certo que sobre o Jorge, por muito que se diga, se peca por defeito, uma vez que fica por pouco o muito que ele fez pela BD. Nele, e neste particular, se pode aplicar o aforismo que diz: saber de tudo e usar do melhor. E ainda sobre o Jorge, é bom que se vá homenageando e distinguindo, não só para evidenciar o quanto fez por nós e pela indústria da BD no geral, mas porque lhe devemos isso; até porque, tomando as palavras de Machado de Assis, a ingratidão é um direito de que se não deve fazer uso.<br />Santos Costahttp://bandarra-bandurra.blogspot.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-36132962062354699842017-10-09T16:50:06.400+01:002017-10-09T16:50:06.400+01:00Caríssimo Jorge Magalhães
Depois do que li, com s...Caríssimo Jorge Magalhães<br /><br />Depois do que li, com sinceridade poderia dizer que não tenho palavras para agradecer todos os elogios expressos no seu comentário. O certo é que ando sempre acompanhado por um saco de palavras - não para as distribuir em conversas de café, à mão tente, como semeador, mas para aplicar em tempo e oportunidade - pelo que, sim, agradeço mesmo com sentido reconhecimento.<br />Posto isto, tenho de confessar o que não escorreu na entrevista, mormente quanto à pergunta, à guisa de comparação, sobre se guardava mais satisfação na colaboração com o “Mundo de Aventuras” ou “O Crime”. Seria necessário repetir-me ao dizer que foi com o “Mundo”? Faço-o para reforçar este agrado, porque foi através da porta que o Jorge abriu que me foi permitido entrar neste mundo da BD. Se ela não se abrisse quando toquei ao ferrolho, hoje estaria a enveredar por textos escritos, a escrever para a gaveta ou a publicar livros de culinária (de que não percebo nada). Estaria a desenhar, é evidente, por estar na “massa do sangue”, mas não teria o impulso daquela alavanca.<br />O “Mundo de Aventuras” foi das primeiras publicações que comecei a ver, depois a ler. A revista já andava quando eu vim ao mundo (teria ela mais dois anos do que eu, se ainda se publicasse), e sempre se apresentou prazenteira para as minhas leituras preferidas, pois através das suas páginas viajei pelo tempo e pelo planeta, acompanhado por toda a sorte de heróis e poltrões, fazendo justiça ao nome do semanário.<br />É certo que a fase do Jorge Magalhães foi a mais fecunda, aquela em que os autores portugueses passaram a fazer parte desse mundo criativo.<br />Se me permite a metáfora, o Jorge é um garimpeiro da BD. Sob bom tempo ou inclemência, não largou o garimpo e crivou, escolheu, não cristalizou nas escolhas. E nesse garimpo saíram algumas pepitas (perdoem, mas não sou uma delas), algumas das quais se não continuam a brilhar é porque elas não obtiveram, de um meio tacanho como este, o lugar de exposição fulgente.<br />(Segue na caixa seguinte, conforme os cânones da blogspot)<br />Santos Costahttp://bandarra-bandurra.blogspot.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-67070057156547552592017-10-09T11:37:24.491+01:002017-10-09T11:37:24.491+01:00Caríssimo Jorge Magalhães
Muito obrigado pelo teu ...Caríssimo Jorge Magalhães<br />Muito obrigado pelo teu extenso e emotivo comentário...em duas partes. Elogios a mim, se bem que amigos, não eram necessários. Quem os merece de facto, é o Santos Costa. Tomara eu que o nosso amigo Augusto Trigo não fosse tão “arisco”, pois há muito que lhe propus uma entrevista, mas...<br />Tens total luz verde para transcreveres o que propões para o teu belo blogue. Quanto ao Luís Nunes, Chico Lança e mais alguns, infelizmente, podem-se considerar “desaparecidos em combate”...<br />Um abração do<br />Luiz Beirabdbdbloguehttps://www.blogger.com/profile/03805144831707485003noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-33023841293011505902017-10-09T09:51:38.465+01:002017-10-09T09:51:38.465+01:00(Aqui vai a 2ª parte)
Entre todos os colaboradores...(Aqui vai a 2ª parte)<br />Entre todos os colaboradores revelados pela rubrica “Novos da BD Portuguesa”, que em boa hora criei — quando ainda tinha liberdade para o fazer, isto é, bastante antes da fatídica crise que atingiu a Agência Portuguesa de Revistas, em meados dos anos 1980 —, Santos Costa foi, sem dúvida, o mais assíduo, o mais entusiasta, o mais persistente. E mereceu, por isso, a “recompensa” de ter ocupado um número inteiro do MA (32 páginas), com a adaptação de um romance de Emílio Salgari: “A Formosa Judia”. Infelizmente, já muito perto do fim...<br />Recordações de uma época feliz, apesar de todos os dissabores (nessa parte final), em que tive o apanágio de coordenar, durante 13 anos, uma revista de grande tiragem e popularidade (embora modesta no aspecto gráfico), e de conviver com muitos artistas, da nova e da velha guarda, de fazer boas amizades, de descobrir e incentivar alguns novos valores... como foi o caso de Santos Costa. <br />É claro que ele nada nos deve, a mim e ao MA. Foram simplesmente o seu talento, a sua força de vontade, a sua dedicação à BD e à cultura, a confiança em si próprio, o seu espírito criativo, que o guindaram ao patamar que tão digna e justamente alcançou... mas que alguns, lamentavelmente, ainda ignoram.<br />Esta entrevista veio, por isso, preencher uma lacuna. Parabéns, mais uma vez, Luiz Beira, e um grande abraço (pedindo-te desde já licença, se não vires inconveniente, para a reproduzir, em próxima oportunidade, num dos meus blogues). E outro grande abraço para o Santos Costa, cuja “incorrigível” modéstia dispensa louvores, desejando-lhe a continuação de uma carreira exemplar pautada pelo entusiasmo, pela perseverança, pela valência e multiplicidade das escolhas, em termos criativos, e pelo ditame de fazer sempre mais e melhor (mas os louvores aqui ficam!). <br />A propósito, seria óptimo que ele se decidisse a terminar alguns dos seus projectos interrompidos, por falta de tempo ou de motivação, como “A Rainha Africana”, por exemplo. Bem gostaria de ver o Humphrey Bogart e a Kate Hepburn a transitarem de um filme memorável para um livro de BD... e estou convencido de que ninguém o poderá fazer melhor do que o nosso amigo Santos Costa!<br />Jorge Magalhães <br /> <br />Catherine Labeyhttps://www.blogger.com/profile/00068078521662777754noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2511251463369336844.post-10515651104634505942017-10-09T09:06:08.444+01:002017-10-09T09:06:08.444+01:00Santos Costa tem finalmente a entrevista que há mu...Santos Costa tem finalmente a entrevista que há muito merecia! Parabéns ao BDBD, na pessoa do Luiz Beira, por o trazer assim à ribalta, sabendo-se que é um autor que gosta de se refugiar na sua modéstia e que evita todo o tipo de publicidade, a não ser quando a isso é obrigado, como no caso do Troféu Anim’Arte que muito justamente lhe foi atribuído em 2016 pelo GICAV.<br />Além disso, Santos Costa é um autor que vive nas periferias, isto é, na província, o que à partida pode constituir uma desvantagem, por causa do seu relativo isolamento, mas lhe confere também o atributo de se transfigurar num Dom Quixote que nunca desiste das suas cruzadas. E a prová-lo está a dimensão da sua obra (quase inacreditável!), tanto a literária como a artística.<br />Quanto a mim, Santos Costa, embora não seja um desenhador extraordinário (muito longe disso), é um criador fora de série, com um poder de imaginação e um talento literário que poucos autores populares (e aqui o termo é altamente apreciativo), da mesma geração, lhe poderão disputar. No campo da BD, mesmo que não tivesse tido a sorte de encontrar uma revista como o Mundo de Aventuras (MA), que aceitou publicar os seus primeiros trabalhos, Santos Costa não deixaria nunca fugir o seu "lugar ao sol", como aconteceu a outros promissores estreantes a quem o MA abriu também as suas páginas. Que é feito hoje, por exemplo, de Luís Nunes e Chico Lança, dois nomes que tu bem conheces, Luiz Beira? Nunca mais se ouviu falar deles... o que é pena.<br />Santos Costa, pelo contrário, nunca desistiu do seu caminho e da sua afirmação no campo das letras e das artes. Bem sei que o facto de estar escudado por uma profissão estável, como funcionário público, o deve ter libertado de preocupações económicas, permitindo-lhe angariar o pecúlio com que se tornou também editor por conta própria. Mas nunca desistiu, isso é um facto, mesmo sem ter ilusões quanto à bondade dos editores comerciais e às facilidades do mercado, porque é uma pessoa realista, com os pés bem assentes na terra.<br />Sempre fui um admirador do seu trabalho e da sua personalidade, e ao abrir-lhe sem reservas as páginas do MA sabia que estava a fazer apenas o que era justo: não cercear, por falta de oportunidades, um talento emergente que demonstrava não só garra e vontade de se aperfeiçoar, como qualidades artísticas intrínsecas que não eram muito comuns. Quer isto dizer que o que me atraía mais nas suas histórias não era o traço propriamente dito, com o qual ele estava em permanente luta, tentando encontrar um estilo que definisse as suas reais potencialidades, mas sim o vigor com que abordava os temas, a facilidade de criar um argumento (mesmo adaptado), a caracterização perfeita das personagens (com as quais o leitor imediatamente se identificava), a harmonia da escrita e, sobretudo, a noção inata de ritmo, movimento, composição e sequência, que são na BD vectores fundamentais. Mesmo com um traço a procurar ainda o seu equilíbrio, por vezes demasiado barroco (numa primeira fase), Santos Costa já dominava por completo as regras elementares da BD, revelando imaginação e habilidade como narrador e desenhista, e avançando rapidamente para uma etapa de confirmação dessas qualidades, como posteriormente viria a acontecer, numa percentagem ainda mais elevada do que no MA.<br />(Nota: como a vossa “caixa” não aceita mais de 4096 caracteres, tenho de dividir o meu comentário em duas partes). <br />Catherine Labeyhttps://www.blogger.com/profile/00068078521662777754noreply@blogger.com